Vamos falar a respeito de um tópico
que atormenta os gestores:
“A falta de bons profissionais nas empresas e
conseqüentemente no mercado de trabalho”.
Não se trata de uma regra geral, mas sim, de uma situação que acontece
em um escala que chega a preocupar.
Dentro do trabalho de consultoria que tenho exercido
em diversas empresas, em diferentes segmentos, é visível que existe um espaço a
ser ocupado por bons profissionais dentro das organizações. Os problemas que
nos deparamos são a má formação escolar e
acadêmica, estrutura familiar fraca, problemas culturais regionais e nacionais,
política interna da própria empresa, falta de treinamento, falta de um programa
motivacional, etc, etc, etc , ou seja, é uma gama de fatores que agravam ainda
mais o mau desempenho do profissional.
O que fazer? Como
trabalhar esta situação?
Acredito que a grande culpa é do próprio profissional,
pois ele acaba “entrando em uma vala comum”, e parte do princípio de que nada
pode ser resolvido, melhorado, estruturado, conseguido, tentado, chegando ao
finalmente que é “sair pela porta dos fundos”.
O que quero dizer com isso é o seguinte: todo bom
profissional deve entrar em uma empresa pelas portas da frente e sair da mesma
forma como entrou, pois continuará deixando a porta aberta, pois nunca sabemos
como será o nosso futuro. O seu supervisor hoje, poderá ser o gerente ou o
diretor da companhia que você será contratado no futuro, e se você saiu pela
porta dos fundos, na empresa anterior, com certeza terá problemas.
Se você trabalha em uma organização que não atende as
suas expectativas, faça um planejamento, procure outra empresa e saia
decentemente. Não “apronte” para ser
desligado, seja qual for o seu cargo.
Por outro lado, existe uma parcela de culpa que
pertence à empresa, mas que em momento algum o profissional deve levar isto em
consideração, para justificar a sua falta de profissionalismo, a sua dedicação,
o seu empenho, a sua colaboração, etc, etc, etc.
Um fator visível é a remuneração inadequada, política
esta aplicada por muitas empresas. Muitas empresas pecam por não mensurar,
erros, tempo desperdiçado, retrabalho, quebra de equipamentos, e muitos outros
fatores que podem ser levantados e calculados, pois se fizessem um levantamento
de quando custa, chegaria a conclusão que bons profissionais devem ser bem
remunerados. É o outro lado da moeda: existe uma falta de bons profissionais no
mercado, mas por outro lado às empresas precisam se conscientizar que o bom profissional custa mais, precisar
ter uma remuneração melhor. Chego a afirmar que conheço profissionais que
chegam a trabalhar por três, tal é a capacidade, o discernimento, a dedicação
na sua área de atuação.
A conclusão: tanto a empresa como o profissional,
ambos, devem fazer a sua parte, sem esperar nada em troca.
Prof. Fausto Luiz Alves